Alunos da FE-Bauru se preparam para competição mini-baja 2004
Por Tatiana Sogabe de Carvalho

Alunos se preparam para competiçãoOs alunos do terceiro ano de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Unesp (FEB), campus de Bauru, Giovanni Rocha Zanetini, Mateus Paganini de Abreu e Rafael Dalcol iniciam os primeiros passos para a competição Mini-Baja 2004, concurso promovido anualmente pela SAE-Brasil (Society of Automotive Engineers) no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo. Eles e mais sete estudantes são orientados pelo professor Luiz Daré Neto, do Departamento de Engenharia Mecânica, e integram uma das equipes da FEB que devem participar do evento em abril do próximo ano.

O Mini-Baja é uma competição entre alunos de faculdades de engenharia de todo o Brasil. O objetivo das equipes é elaborar um carro resistente, com motor padronizado de dez cavalos e com capacidade de transportar uma pessoa.

Todo o procedimento de estudo e montagem serve para testar os conhecimentos dos estudantes e ajuda a melhorar a relação custo-benefício na produção de veículos para testes. A SAE faz as avaliações dos relatórios e do desempenho dos carros nas provas dinâmicas, como subida de rampa, aceleração, frenagem e velocidade.

"A meta dessa competição é adquirir novas tecnologias, pois durante as provas há olheiros de empresas em busca de futura mão-de-obra", explica Mateus de Abreu.

A equipe da FEB, ainda sem nome, utiliza o carro usado por outros alunos em 2002 para os primeiros testes. Giovanni Zanetini diz que o novo projeto já está pronto no papel e eles pretendem começar os trabalhos na oficina a partir do mês que vem.

"Ainda estamos em busca de patrocínio porque a maioria das peças é comprada em dólar e isso deixa a montagem muito cara", declara o estudante. Ele afirma ainda que equipes de outras faculdades gastaram cerca de 20 a 100 mil reais na construção dos mini-carros em edições anteriores do evento.

Um dos maiores desafios para os alunos é a falta de verba e de infra-estrutura adequada para a realização do projeto. Por isso, eles estudam os protótipos antigos, identificando e corrigindo seus erros para construir o novo carro com o menor custo possível e com a máxima resistência.

Quando estiver pronto, eles vão ter de analisá-lo minuciosamente para verificar os defeitos e possíveis focos de quebra que podem contar pontos a menos durante as provas. Mateus conclui que "a prática é importante porque é laboratório para a indústria, pois os problemas não são vistos na teoria".