Prefeitura e FFC-Marília criam Comitê
de prevenção à violência no município

IlustraçãoO Comitê de Prevenção à Violência de Marília, criado há quase dois meses como proposta do Grupo de Pesquisa e de Gestão Urbana de Trabalho Organizado (GUTO), ligado à Faculdade de Filosofia e Ciências Unesp (FFC), campus de Marília, iniciou suas atividades com a realização de um encontro com mais de 20 Associações de Bairro de Marília, Polícia Civil e Polícia Militar e os responsáveis pelas Bases Comunitárias da Polícia.

Esta foi a primeira ação concreta do recém-criado Comitê (formado após a assinatura de um Protocolo de Intenções), que pretende trabalhar na redução da criminalidade na cidade, como também na melhoria da qualidade de vida da população.

O Comitê tem como coordenadora a Profa. Dra. Sueli Andruccioli Felix, docente da FFC, e está organizado em seis comissões: Segurança, Saúde, Educação e Cultura, Planejamento Urbano, Bem-Estar-Social e Comissão de Comunidade.

Além do incentivo a um policiamento comunitário que dê resultados e reduza a criminalidade, também foram expostas, nesta reunião, as propostas de uma aproximação e integração maior da polícia com a comunidade. O Comitê de Prevenção à Violência de Marília quer descentralizar ações, levando reuniões periódicas para bairros da periferia da cidade. A idéia é que os próprios moradores apontem os problemas de cada região para discutirem as soluções com todos os setores envolvidos e executar em parcerias com as polícias, ações de prevenção à criminalidade.

A mobilização da comunidade é o ponto mais importante na criação do Comitê de Prevenção. Por isso, neste momento, o envolvimento de todos é fundamental para um trabalho concreto e organizado.

As próximas reuniões estão sendo agendadas com cada comunidade de bairro, em particular, bem como as Associações de Bairro que não compareceram nesta primeira reunião serão contatadas para se envolver no projeto.

Faz-se necessário o 'desenvolvimento de uma nova concepção de ordem pública pelo caminho da reeducação da polícia e da população', num processo de conscientização de seus papéis. Além do desempenho de suas funções tradicionais, os policiais devem instruir os cidadãos sobre regras básicas de prevenção ao crime, participar de reuniões com os moradores (Associações de Bairros e Conselhos Comunitários de Segurança - CONSEG's) para a organização de estratégias coletivas e intermediar o contato dos cidadãos com outras agências (governamentais ou não), na busca de soluções para a comunidade.

Por outro lado, a comunidade será reeducada para o exercício da cidadania nos dois sentidos: direitos e deveres. Ato contínuo, ao estabelecer contato com os órgãos oficiais para reivindicar benefícios conhecerá as potencialidades e limitações daqueles, conscientizando-se da sua responsabilidade no processo (FELIX, 2000).


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