Considerado uma droga psicoativa, o álcool causa dependência tanto quanto a cocaína, a maconha, o crack e o cigarro. O dependente de álcool provoca sérios transtornos sociais, no relacionamento com os familiares e na produtividade, sem comentar os prejuízos em relação à própria saúde. Apesar disso, seu uso é incentivado pela propaganda, que se apóia em ídolos populares para aumentar as vendas. Para prevenir o uso abusivo do álcool, principalmente entre os jovens, em 23 de outubro, UNESP, USP e Unicamp viveram juntas, pela primeira vez, o Dia de Alerta sobre o Uso Nocivo de Álcool, uma iniciativa da psiquiatra Florence Kerr-Corrêa, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina (FM) da UNESP, campus de Botucatu.

Idealizadora do Projeto Viver Bem, que busca a conscientização sobre os problemas causados pelo excesso do uso de álcool, a docente promove, desde 1997, campanhas de prevenção e diagnóstico de alcoolismo entre funcionários e alunos da UNESP. "É com satisfação que vemos a expansão do Dia de Alerta para as outras duas universidades públicas estaduais paulistas. Na ocasião, foi distribuído um questionário de dez questões, instrumento que indica se a pessoa tem um possível problema relacionado ao uso de bebidas alcoólicas", explica.

De acordo com Florence, durante o evento, foi enfatizada a relação entre o uso de álcool e os acidentes, sobretudo os de trânsito. "Houve, ainda, distribuição de materiais informativos nos campus das faculdades que participam da campanha", esclarece. O site www.viverbem.fmb.unesp.br, desenvolvido pela FM, traz esclarecimentos importantes sobre como consumir álcool sem dar vexames, sobre tratamento de alcoolismo, nível de álcool no sangue, entre outras informações importantes sobre o tema.

Florence, que também assina o prefácio do livro "Alcoolismo entre estudantes universitários - Uma abordagem de redução de danos", recém-publicado pela Editora Unesp e lançado na última Bienal do Livro em São Paulo, tem dados que mostram que o abuso na ingestão de álcool é muito comum entre os jovens universitários. "Nessa fase os estudantes costumam ingerir mais álcool do que em qualquer outro momento de suas vidas", explica.

Informações - (14) 6802-6260, no Departamento de Psiquiatria da FM.