Informática ajuda na comunicação de portadores de deficiências

Por Maria Fernanda Marreta

O professor doutor Celso Socorro Oliveira, do Departamento de Computação da Faculdade de Ciências da Unesp (FC), campus de Bauru, desenvolve um projeto de extensão universitária que visa melhorar o nível de comunicação das pessoas com deficiências físicas em relação à língua portuguesa e à linguagem cotidiana.

A fim de aumentar o repertório de palavras conhecidas, o trabalho beneficia portadores de deficiência auditiva e/ou mental, através do ensino informatizado de Libras (língua brasileira de sinais).

O sistema consiste em utilizar um modelo de equivalência de estímulos, no qual são ensinados, simultaneamente, os conceitos visuais de figuras, sinais e textos utilizando o computador.

A pesquisa é uma continuação do que foi desenvolvido no doutorado de Oliveira, na área de Psicologia Experimental, que vem auxiliando o ensino de Libras às pessoas com deficiências auditivas e/ou mentais. "O objetivo é aumentar a eficiência do ensino de sinais, considerando a Libras como a língua natural dessas pessoas, empregando a informática como um dos instrumentos", destaca o docente.

Atualmente, o projeto tem cooperação dos alunos de Graduação da FC, principalmente dos cursos de Psicologia e Computação, onde desenvolvem trabalhos na área de iniciação científica com resultados significativos para a população atendida.

Outro destaque é o desenvolvimento de um software dedicado a auxiliar professores que trabalham com educação especial. "O instrumento de ensino, no caso o programa de computador, permite preparar as aulas e registrar os resultados em um banco de dados, para posterior análise do professor dessa área de ensino", explica Oliveira.

A pesquisa é realizada nos laboratórios de Informática da APAE de Bauru e na escola estadual Professor Luiz Braga, onde serão feitos treinamentos dos alunos com deficiências, além do campus de Bauru para a realização de palestras, reuniões de pesquisa e organização das atividades.

"O projeto possui uma relevância social muito grande, uma vez que as pessoas beneficiadas são oriundas de famílias carentes. Elas podem se beneficiar da integração do aluno na sociedade e também na escola, em particular, reduzindo o custo social de atendimento terapêutico", enaltece Oliveira.


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