Parceria IQ-Araraquara/UFRN favorece pesquisas sobre biomateriais
Por Luciana Massi

Prof. Guastaldi, coordenador da parceria e Ieda Nadja, pesquisadora do NutecUma parceria entre o Grupo de Biomaterias do Instituto de Química da Unesp (IQ), campus de Araraquara, a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) e o curso de doutoramento em Química do Centro de Ciências da Terra e Exatas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) possibilitará o desenvolvimento de novas ligas metálicas resistentes à corrosão e com propriedades mecânicas, adequadas para serem aplicadas como biomateriais em próteses odontológicas e ortopédicas. O objetivo da parceria é desenvolver, fortalecer e despertar a preocupação com a melhoria dos biomateriais voltados à realidade brasileira.

A parceria teve início há cerca de 8 anos quando, à convite do Nutec, o atual coordenador dos parceiros, Prof. Dr. Antonio Carlos Guastaldi, do Departamento de Físico-Química do IQ, proferiu uma palestra, objetivando sensibilizar os profissionais da odontologia sobre os métodos para melhoria na produção dos biomateriais e também sobre a importância de uma operação mais adequada dos materiais, evitando problemas de incompatibilidade e rejeição. Segundo a pesquisadora do Nutec responsável pela parceria, Ieda Nadja Silva Montenegro, o docente foi o primeiro profissional que falou de forma interdisciplinar sobre esta questão trazendo aspectos de saúde, química e materiais".

"A partir da palestra, os profissionais da área desenvolveram um interesse em participar de cursos sobre o assunto, como o realizado há cerca de 6 anos atrás na área de corrosão microbiológica, ministrado por professores da Inglaterra e Argentina. Com isso houve uma melhoria na capacitação dos recursos humanos, hoje em dia conseguimos reconhecer os problemas da corrosão microbiológica", afirma a pesquisadora.

Ieda avalia ainda que a formação da parceria foi extremamente importante para o desenvolvimento desta área na região do Nordeste. "Nós não tínhamos nada na área e, de repente, começou a existir um reconhecimento do problema e posterior desenvolvimento de pesquisas. Este agora é um assunto que já está em pauta, principalmente por se tratar de um problema sério que precisa ser estudado, desenvolvido e aplicados para nossa região", ressalta.

A questão da aplicação da tecnologia dos biomateriais para o Ceará se explica pelo fato de que a corrosão estudada está diretamente relacionada com o meio, o tipo de alimentação e o sistema de vida das pessoas da região. "São questões que tem característica específica de cada região, existe hoje esse cuidado", completa Ieda.

O programa de doutoramento, que é desenvolvido na UFRN sob orientação do Prof. Guastaldi, começou há cerca de 1 ano e, portanto, ainda não tem nenhuma tese concluída. Além de pesquisadora do Nutec Ieda também é doutoranda pela parceria, orientada pelo professor, ela desenvolve ligas titânio-zircônio utilizadas em implantes ortopédicos. Atualmente está visitando o IQ para orientação do professor quanto à metodologia do trabalho prático da tese, que posteriormente será desenvolvido nos laboratórios do Nutec e da UFRN.

O que é o Nutec

É um órgão de pesquisa e desenvolvimento do Ceará diretamente ligado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do estado do Ceará (SECITECE), situado no campus do Pici da UFC, em sede própria. É uma instituição sem fins lucrativos, cuja missão é prestar serviços, desenvolver e transferir tecnologia para as indústrias da região (Empresas Privadas e Públicas); preparar mão-de-obra qualificada para o desenvolvimento tecnológico; coordenar, ministrar e apresentar palestras, cursos, seminário e congressos; e desenvolver pesquisa aplicada.

O Nutec atua nas áreas de Química, Tecnologia de Alimentos (Derivados do Caju), Tecnologia Mineral, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Materiais, Engenharia Elétrica, desenvolvimento de empresas incubadas em tecnologia aplicada aos produtos regionais, Segurança Veicular e Corrosão e Degradação Atmosférica. A pesquisadora Ieda coordenada o grupo que pesquisa Corrosão e Degradação Atmosférica.

Atualmente eles estão desenvolvendo um projeto que pretende montar um mapa da agressividade atmosférica do estado do Ceará, com relação a resistência dos materiais utilizados na rede de distribuição de energia elétrica. "São 18 estações de estudos de corrosão atmosférica espalhadas em todo Ceará para fornecer dados sobre a poluição e taxa de contaminação dos materiais", explica a coordenadora.


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