Ouvidoria do Servidor - sigilo e capacidade para resolver problemas

Serviço garante qualidade no trabalho na FM -Botucatu
Por Suzana Fonseca

José Carlos Georgete e Solange Sebastiana MoraesA Ouvidoria do Servidor da Faculdade de Medicina da Unesp, campus de Botucatu (FMB), criada em 12 de junho do ano passado, possui duas particularidades. A primeira é o sigilo: quem procura os ouvidores tem a garantia de que não terá seu nome divulgado. A segunda contempla a vocação de, ao menos, tentar solucionar os problemas apresentados pelos servidores da FMB e pelo contratados da Famesp - Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar da Unesp.

Os ouvidores José Carlos Georgete e Solange Sebastiana Moraes, ambos servidores com mandato de um ano, contam que, na maioria dos casos, o que os funcionários querem é melhorar a qualidade do trabalho, seja em termos de execução de tarefas, com a melhoria das condições físicas ou dos equipamentos utilizados, seja em termos de relacionamento entre os servidores de uma mesma seção.

"Eles quase sempre mostram uma insatisfação e, através da exposição de problemas particulares ou de relacionamentos no emprego, percebemos que existem outros problemas, mais velhos e maiores, que realmente são os que os incomodam", revela Solange.

Para tentar solucionar estes e outros problemas, os ouvidores realizam reuniões semanais com o departamento de Recursos Humanos (RH) e encontros quinzenais com o vice-diretor da faculdade.

Com o RH, as avaliações visam discutir os problemas apresentados e as possíveis formas de solucioná-los. E, para o vice-diretor, Prof. Dr. Joel Spadaro, os ouvidores apresentam as reclamações e sugestões feitas, a fim de serem devidamente encaminhadas para os setores dos quais dependem as soluções.

"Não é tudo que conseguimos solucionar", explica Georgete. "Tentamos encaminhar todas as reclamações e, quando conseguimos resolver algum problema, é realmente recompensador", complementa.

Quem procura a Ouvidoria, segundo contam Solange e Georgete, além do sigilo e da atenção dos ouvidores, ainda tem a garantia de uma resposta. "Procuramos sempre informá-los sobre o andamento de suas reclamações", conta Solange. "Mesmo que eles não tenham uma resposta logo, ao menos lhes damos uma satisfação", completa Georgete.

O desempenho das funções conferidas aos ouvidores, de acordo com Solange, é facilitado tanto pelo departamento de Recursos Humanos quanto pela vice-diretoria. "Temos total abertura com eles", garante.

Como lembra Georgete, o trabalho da Ouvidoria é algo que requer um longo prazo. "Queremos que os resultados venham mais rapidamente, mas em alguns casos a solução depende de vários fatores", explica.

Solange conta que os funcionários que procuram os serviços dos ouvidores, na maioria dos casos, são os que trabalham há mais tempo na faculdade. "São estes que conhecem melhor o local onde trabalham. O que também revela que eles estão interessados no trabalho, procurando melhorias. E quando a pessoa trabalha satisfeita, a melhora da produtividade é uma conseqüência", ressalta. "Os novos funcionários também podem nos procurar, mesmo que não tenham reclamações; para nos dar sugestões e idéias. O único pedido que a Ouvidoria não pode sequer tentar atender diz respeito ao remanejamento de funcionários, pois isso depende de cada setor", diz.

Para este ano, os ouvidores têm como projeto a participação do treinamento de funcionários, além de uma maior divulgação do serviço, pois em outras instituições os ouvidores só sabem da existência de um: o da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo.


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