Docente do IB-Botucatu reforça pesquisa sobre plantas medicinais

babosaA Profa. Dra. Maria Bernadete Gonçalves Martins, docente do Departamento de Zoologia e Botânica do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp, câmpus de São José do Rio Preto (Ibilce), vem desenvolvendo, desde 1997, uma linha de pesquisa voltada ao estudo da Anatomia Foliar de Plantas Medicinais e Aromáticas, dando ênfase às estruturas secretoras.

Grande parte da sua pesquisa está voltada à família Lamiaceae, que é composta geralmente de plantas herbáceas, com folhas fortemente aromáticas, com grande quantidade e com diferentes tipos morfológicos de glândulas secretoras.

bálsamoDentro dos objetivos da sua pesquisa, são realizadas análises de classificação morfológica dos tricomas presentes na lâmina foliar, através de um estudo de microscopia óptica e de microscopia eletrônica de varredura, onde são observadas as glândulas que secretam vários tipos de substâncias do metabolismo secundário da planta, tais como: óleos essenciais, taninos, mucilagem, pectinas, flavonóides, resinas, etc, que são utilizados em vários campos da indústria farmacêutica.

Segundo a Profa. Bernadete, a pesquisa mostra-se de grande importância econômica, pois está relacionada à fisiologia do desenvolvimento da planta e à produção de substâncias secundárias. "Elas são utilizadas pelas indústrias farmacêuticas, produtoras de artigos como, essências para xampu, perfumes, creme dental, além de ser empregada na culinária e na medicina popular", afirma.

hortelãA pesquisa faz a identificação descritiva da glândula secretora presente no vegetal e da anatomia foliar, mostrando uma relação quantitativa do número de tricomas presentes por área. Posteriormente é realizada a extração de óleo e através de uma análise de cromatografia gasosa, realizada na Unesp de Araraquara, identifica-se o grupo a que pertence a substância química extraída.

tanchagemA docente destaca também, como ponto importante da pesquisa, o fato desta abrir espaço para realização de análises químicas mais sofisticadas e ao estudo do desenvolvimento fisiológico que se encontra a planta (estágio vegetativo ou em floração, condições de adubação do solo, melhor época de colheita), que podem alterar totalmente a quantidade da substância secretada e os componentes químicos presentes.

"Na maioria das vezes, as pesquisas relatam somente a substância química encontrada na planta toda, sem realizar um estudo anatômico ou mencionar o órgão vegetal (raiz, caule, folha, flor, fruto ou semente), onde a glândula secretora é predominante", finaliza.


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