Em pacientes com LMC, não obstante aos avanços no tratamento, entre 20-50% dos transplantados em fase acelerada terão recaída da doença, acompanhado em muitos casos da volta dos sintomas clínicos e até mesmo óbito. |
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Em vista disto, é de
suma importância o acompanhamento destes pacientes para a detecção precoce
da Doença Residual Mínima (DRM), que poderá ou não predizer recaída posterior
da doença.
O sucesso do transplante associa-se ao quimerismo completo, ou seja, a
conversão da hematopoese do receptor para o doador. Entretanto, o quimerismo
misto, isto é, a coexistência de células do doador e do receptor pós TMO,
tem evidenciado o aumento do risco de recaída ou falha do transplante
(Fig. 3).
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Fig.3 Avaliação do status quimérico pela técnica de
PCR. (A) Padrão apresentado pelo paciente pré-TMO; (B) Padrão apresentado
pelo doador; (C) e (D) Quimerismo completo após 26 e 33 dias, respectivamente,
pós TMO; (E) Presença de quimerismo misto após 18 dias de TMO.
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Embora essas complicações
pós transplante eventualmente apresentam sintomas clínicos específicos,
o emprego de testes moleculares para monitorar a pega e o estado quimérico
tem proporcionado uma detecção precoce desse evento.
A técnica de PCR permite uma rápida amplificação de regiões do DNA que
possuem seqüências repetitivas e altamente polimórficas denominadas STRs
(Short Tandem Repeats). Essas regiões são capazes de distinguir indivíduos,
e por isso tornaram-se marcadores genéticos na identificação individual
e na relação de parentesco.
Desse modo, a metodologia empregada proporciona a seleção e a identificação
de regiões contrastantes entre o receptor e o doador.
Os produtos pós PCR, marcados por fluorescência, são analisados quanto
ao comprimento do fragmento amplificado pelo Seqüenciador de DNA ALF ExpressTM
desenvolvido pela Amersham Biosciences® .
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