Informática
UNESP no Campus Party
Alunos e docentes têm participação
destacada em áreas como robótica, em evento
realizado em SP
Estudantes
e professores da UNESP tiveram presença significativa
no Campus Party, que se realizou pela primeira vez no
Brasil, atraindo cerca de 92 mil pessoas ao Parque do
Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 11 e
17 de fevereiro. O evento, que se originou em 1997 na
Espanha, é considerado o maior encontro de entretenimento
na área de Internet do mundo. O evento brasileiro
reuniu 3 mil campuseiros, jovens que acamparam
no Parque para participar de atividades nas arenas de
robótica, software livre,
blogs, astronomia, criatividade, simulação,
música e modding.
Os engenheiros eletrônicos Alexandre da Silva
Simões e Marcelo Nicoletti Franchin, respectivamente,
professores do câmpus de Sorocaba e da Faculdade
de Engenharia (FE), câmpus de Bauru, coordenaram
as atividades da arena de robótica, juntamente
com os professores Esther Colombini e Jackson Matsuura,
do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Projetos de robótica
Na abertura das atividades da arena, Simões
ministrou uma palestra sobre a evolução
da robótica . Os robôs estão
cada vez mais presentes em áreas como a medicina
e a engenharia e, nos próximos anos, devem chegar
aos lares, como eletrodomésticos ou com função
lúdica, assinala.
Franchin ofereceu uma oficina em que os participantes
construíram pequenos robôs móveis
com um kit desenvolvido por professores da FE. Com
esse kit, os alunos montam seus robôs desde as
primeiras engrenagens do motor, confeccionam placas
eletrônicas, programam um microprocessador embarcado
e, ainda, elaboram uma rotina de comandos por meio de
um software de computador, que controla o robô
por sinal de rádio, explica.
Os robôs construídos durante o evento
realizaram uma competição em que cada
um deveria coletar um tipo de lixo reciclável
e levá-lo ao seu depósito. Entre
os ganhadores estava Francisco Caramaschi Degelo, aluno
de Sorocaba. Outra atividade foi o desenvolvimento de
projetos robóticos em ambientes virtuais, como
o Microsoft Robotics Studio (RS) e o Unreal Tournament.
Interação
Segundo Sérgio Amadeu, diretor de conteúdo
do Campus Party no Brasil, a reunião das diferentes
comunidades em um único espaço teve como
objetivo criar novas possibilidades e desenvolver novas
tecnologias. Por exemplo, foi estimulada a possibilidade
de a robótica usar o software livre, que é
um modelo de desenvolvimento e uso de softwares baseado
no compartilhamento do código fonte, exemplifica.
Então, quando um software é embarcado
dentro de uma máquina e tem o código fonte
aberto, a manipulação é mais fácil
e melhor.
Aluno de Sorocaba, Kauê Cruz Silva integrou o
grupo que ganhou a competição de programação
em RS. Ele destaca a experiência que teve em atividades
como a programação de robôs em software
livre e o curso de inteligência artificial para
jogos. Além de atividades em áreas
diferentes das nossas, pudemos fazer contatos com empresas
e tecnologias que não são fáceis
de se conseguir, fala.
Para auxiliar no atendimento à imprensa, a organização
contou com 60 voluntários. Entre eles, estavam
as estudantes de Relações Públicas
Ana Carolina Bacelar, Ana Elisa Pereira de Almeida e
Herika Miralha do Nascimento, da Faculdade de Arquitetura,
Artes e Comunicação (Faac), câmpus
de Bauru. Foi uma oportunidade de desempenharmos
nossa profissão em um evento de grande porte,
salienta Ana Elisa.
Daniel Patire e Igor
Zolnerkevic
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