Especialista da FMVZ-Botucatu dá
dicas sobre os cuidados na compra de alimentos

IlustraçãoO consumidor deve estar sempre atento em relação à qualidade dos alimentos. Além de ficar de olho na data de validade, uma boa dica é observar sempre a cor, o odor e quando possível o sabor do produto. No caso dos pescados, por exemplo, a própria Organização Mundial de Saúde recomenda muita atenção às características sensoriais.

O peixe, aliás, é um alimento problemático, conforme explica o professor Dirceu Rodrigues Meira, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). "Não há a fiscalização no momento da captura dos peixes. A fiscalização das autoridades só começa a partir do desembarque. O peixe pode ser pescado e permanecer dias no barco em alto mar, o que é preocupante, pois se trata de um produto altamente perecível", explica Meira.

Outra dica é prestar atenção em relação à maneira como os supermercados trabalham com as mercadorias. O presunto, por exemplo, é vendido pela indústria em peças grandes. Para facilitar a venda no varejo, os supermercados acabam fatiando o produto e colocando-o em bandejas de isopor. Alerta: não existe controle desse ato dos supermercados. "Há uma diferença entre o tempo de validade de um produto que chega ao consumidor da forma em que saiu da indústria e de um produto que é trabalhado pelo mercado", frisa o docente.

Meira enumera ainda outras recomendações básicas que podem trazer segurança para a saúde do consumidor. "A carne e o leite consumidos devem ter sido inspecionados. Observe a refrigeração e a maneira como os funcionários estão trajados no supermercado que você freqüenta. É comum chegar de manhã a um supermercado e perceber que os refrigeradores acabaram de ser ligados. Os funcionários que manejam alimentos devem estar usando tocas, luvas e máscaras. Muita atenção à limpeza de equipamentos como balança e fatiador", aponta.

Quem costuma freqüentar os trailers de lanches, muito comuns em Botucatu, também devem ter atenção redobrada. "A pessoa que está no caixa não pode lidar com os alimentos. A maionese oferecida deve ser sempre industrial, nunca caseira", salienta o professor Paes.

O alerta é óbvio, mas não custa nada repetir: às vezes pequenos cuidados na hora de escolher o que será consumido podem evitar grandes transtornos.


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