IBILCE-Rio Preto desenvolve projeto pioneiro em genética

Por Nayna Nunes

IlustraçãoA Profa. Dra. Cláudia Marcia Carareto, do Departamento de Biologia, ligado ao Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp (Ibilce), campus de São José do Rio Preto, desenvolve, dentro da linha de pesquisa de Genética e Evolução de Populações, estudos que envolvem os chamados elementos transponíveis. O assunto foi o alvo de suas pesquisas durante o Pós-Doutorado que realizou na Universidade do Arizona, e, desde 1995, introduziu-o entre as pesquisas desenvolvidas no Ibilce.

Utilizando como objeto de análise a mosca Drosophila, organismo modelo para estudos de evolução e considerada a rainha da Genética, e mais tarde relacionando o organismo humano, a professora investiga o comportamento desses chamados elementos transponíveis, que são genes não fixos nos cromossomos, e que correspondem a aproximadamente 50% dos elementos repetidos do genoma humano.

A docente conta que, neste estudo, estas seqüências foram consideradas inicialmente como "DNA lixo", pois, aparentemente, não produzem substâncias úteis para os genomas onde se encontram, ou apenas como constituintes deletérios do genoma, já que ao saltarem de um local para outro dentro do genoma afetam a função dos genes estruturais.

"Entretanto, se aceita atualmente que esses elementos, ainda que com seus efeitos deletérios, são uma das principais causas do aumento do tamanho do DNA e a conseqüente evolução dos genomas dos seres vivos", afirma Cláudia.

"Em Drosophila, a evolução desses elementos é estudada em si, identificando sua atividade, sua variação ou seus mecanismos de repressão. Já em humanos, procura estudar a relação desses elementos com as doenças a partir de sua inserção nos genes, responsável pela alteração e interrupção da função dos mesmos. Esse processo é um dos fatores relacionados com a origem de muitas doenças humanas, entre elas o câncer", complementa.

Desenvolvendo esses estudos em humanos desde de 2001, a professora é a primeira pesquisadora a tratar desse assunto no Brasil. Ela é pesquisadora do CNPq e suas pesquisas contam também com o apoio da FAPESP.

Mais informações: Profa. Dra. Claudia Marcia Carareto
Departamento de Biologia - tel: (17) 221-2382


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