Incubadora Prospecta amplia mapa de negócios no interior de SP

Iniciativa da Unesp já apoiou a formação de 44 empresas em oito anos

03/09/2013, 00:05 por: Do Site Interface CTI

Imagem: Reprodução

Agrônomos, biólogos, engenheiros florestais, médicos e zootecnistas. Em geral pós-graduandos ou docentes da universidade. Esses são os perfis predominantes dos candidatos que procuram a Incubadora Prospecta, de Botucatu, SP, para criar empresas de base tecnológica.

Hoje elas estão presentes em uma diversificada gama de atividades, como no diagnóstico, com base na biologia molecular, de doenças em animais, na aplicação de técnicas de reprodução animal, em sistemas para o aperfeiçoamento da produção agrícola, na consultoria para a indústria de alimentos ou para a silvicultura.

Criada há oito anos com o objetivo de estabelecer uma ponte entre a pesquisa da Unesp de Botucatu e a região, a incubadora apoiou nesse período a formação de 44 empresas, das quais 41 estão em atividade.

Cerca de 75% dos candidatos que chegam à instituição não têm formação gerencial, registra o gerente da Prospecta, engenheiro Antonio Vicente da Silva. Nos restantes 25%, é comum o perfil do empreendedor, com formação de mestrado ou doutorado, que já trabalhou em empresa privada e decide partir para a carreira solo, mas precisa de uma estrutura de apoio.

O critério de seleção para ingresso na incubadora supõe projetos inéditos, o que torna mais desafiadora a tarefa de elaborar um plano de negócios e colocá-lo em prática. Na outra ponta do mercado, entretanto, está a potencial necessidade dos futuros clientes de incorporar novos processos e tecnologias para assegurar a expansão, ou a sobrevivência, de seus negócios. As principais áreas no foco da incubadora são saúde, humana e animal, agropecuária, meio ambiente e energia.

As demandas por inovação da economia tradicional são a base para o crescimento de empresas como a VetDNA, hoje na categoria de associada, especializada em diagnósticos de doenças de animais. Com técnicas que permitem a detecção rápida do DNA de patógenos em amostras de sangue, penas, tecidos e fezes, por exemplo.

O promissor mundo da biotecnologia cria oportunidades, ao mesmo tempo, para empresas como a Genotyping, voltada para a genotipagem de micro-organismos, um instrumento valioso para a indústria sucroalcooleira e a pecuária.

Outro segmento em ascensão, de olho na exploração da biodiversidade, é o controle de qualidade de produtos naturais, onde se estabeleceu a Farmagnose, dedicada ao isolamento e purificação de padrões moleculares para os mercados farmacêutico e de cosméticos. Tecnologias para a área de saúde formam um nicho de especialização que permitiu a criação da BR4Science, por pesquisadores vindos da física e biomedicina. Ela fornece assessoria e serviços de controle de qualidade para equipamentos médicos e hospitalares.

O roteiro passa pela oferta de novas soluções para velhos problemas da produção agrícola, como o manejo de ervas daninhas e monitoramento da qualidade da água, onde atua a Techfield. Ou pela consultoria para questões ambientais, com inventários florestais e orientação para as regras de licenciamento, atividades atendidas pela Meta Ambiente

Na retaguarda financeira dos projetos iniciantes estão quase sempre programas de apoio da Fapesp, bolsas do CNPq e da Capes, e linhas de subvenção da Finep. A perda do suporte financeiro do Sebrae, a partir de 2011, representou um grave revés para a sustentação da incubadora, limitando a capacidade de ação, nota o gerente.

A curta experiência de oito anos vem moldando, entretanto, um lastro importante que é o domínio do conhecimento de gestão para esse tipo de organização. Vicente da Silva considera que hoje a organização pode ser considerada um ?programa perene, aberto a qualquer iniciativa que tenha aderência ao agronegócio, meio ambiente e biotecnologia?.

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